Por que os "filmes polêmicos" são polêmicos?

Se o filme “Love”, do diretor Gaspar Noé, é polêmico por causa do sexo à três com adolescentes e ejaculação frontal em 3D – cena sem cortes que só termina quando protagonista ejacula. O que falar dos filmes que tratam de temas como estupro, tortura, pedofilia, sadomasoquismo, racismo e, claro, política? 

O diretor franco-argentino de “Love” já causou em outros filmes. Em “Irreversível” (2002), mostra uma cena de nove minutos de estupro e, em outro momento com o ângulo fechado, a morte do estuprador. Já em “Uma Viagem Alucinante” (2009), exibe o uso de drogas, morte e incesto. 

Por falar em drogas, “Trainspotting – Sem Limites”, de Danny Boyle, narra histórias de viciados em heroína. O filme, que foi lançado em 1996, foi alegado em países do Reino Unido e nos Estados Unidos que o longa fazia apologia às drogas. No mês passado, o diretor confirmou o “Trainspotting 2” ao Deadline.

Na obra cinematográfica de Gregg Araki, “Mistérios da Carne” (2004), fala de pedofilia, homossexualidade, prostituição – numa cena mostra o personagem de Joseph Gordon-Levit sendo estuprado bruscamente por um dos seus clientes – e outros temas delicados. 

Além dos filmes chocantes e bizzaros, como “A Serbian Film – Terror Sem Limites” (2010), de SrÄ‘an Spasojević , que foi proibido em muitos países, como Suécia e Espanha. No Brasil, foi o filme só foi liberado meses depois do seu lançamento. O longa mostra cena de estupro de um bebê e necrofilia. E “Anticristo” (2009), de Lars Von Trier – que também dirige "Ninfomaníaca" –, com violência, sexo explícito, close nas mutilações nas partes íntimas das pessoas. 

Afinal, por que “Love”, “Mistérios da Carne”, “Trainspotting” são polêmicos? O conservadorismo dos grandes exibidores é um dos fatores. Os filmes que sempre estão em cartazes são do “mocinho e mocinha querem viver felizes para sempre, mas o vilão não deixa” ou “polícia quer pegar ladrão”. Assim, o público não tem hábito de ver filmes alternativos com outras temáticas e refletir.

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