É Carnaval, Yeah!
Ah! O carnaval,
as pessoas compram o abadá parcelando 15x no cartão de crédito, juros
altíssimos, mas quem se segura nessa folia?
Quando chega
à folia, a mulherada coloca o salto alto, e depois reclama que está com o pé doendo.
Todos no
mesmo lugar, a "catinga" solando e todos bebendo a "loira".
Ninguém é de
ninguém, todos se beijam, a menina beijou 10, o menino 20... Imagine só, uma
boca e vários beijos, é sapinho que não acaba mais.
As novinhas
vão até o chão e os manos atrás, doidos para encher a mão...
Todos vão
atrás do trio elétrico, centenas de hertz, que nem dar para contar uma fofoca
ali e outra aqui , e as pessoas já viram amigos de infância.
Sem contar,
aqueles sorrisos safados, cheios de segundas intenções. Além das mãos bobas, que percorrem pelo seu
corpo e você não sabe quem passou, porque é tudo junto e misturado.
“Eu sou de
ninguém
Eu sou de
todo mundo
E todo mundo
me quer bem
Eu sou de
ninguém
Eu sou de
todo mundo
E todo mundo
é meu também” (definição perfeita
para o carnaval.)
O povo fica
pulando, bebendo muito e dar aquela baita vontade de “mijar” e onde eles fazem?
Uns nos
postes, outros na porta de lojas ou até mesmo na própria roupa; as mulheres que
são mais comportadas, vão atrás de carros ou árvores, todos aliviados soltam um
“ah!”. Por que os banheiros públicos andam ocupados demais ocorrendo aquela
pegação de fim de festa.
Acabou o trio, acabou a pipoca e agora é hora de
partir, os amigos dão risadas um da cara do outro, os chapados caindo, as mulheres
com dor no pé, os “sem condições” ficam no ponto de ônibus, esperando um
coletivo passar, várias horas, até que um venha e quando vem é lotado... Mas,
no outro dia tem mais, pois são cinco dias de folia mais um de arrastão.
Yuri Silva
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